O empreendedor solo é o tipo mais comum de dono de negócio no Brasil e ele atua sem sócio ou funcionário.
Frequentemente está associado a trabalhos como consultor, freelance e negócios baseados na internet.
Os solopreneurs, ou empreendedores solo, são uma tendência crescente nos últimos anos e cada vez mais pessoas tentam não apenas ser o chefe de si mesmo, mas também ser a equipe completa.
Solopreneurs são pessoas que administram seus negócios fornecendo um produto ou serviço que podem realizar por conta própria, sem contratar funcionários. A maioria dos empreendimentos “solopreneuriais” são autofinanciados e começam pequenos na casa do indivíduo, atendendo a alguns clientes. Apoiando-se nas novas tecnologias que facilitam o mundo dos negócios.
Solopreneurs não se reportam a ninguém e nem ninguém se reporta a eles, o que significa que eles podem escolher o ritmo em que trabalham e como trabalham. Cada vez mais pessoas estão trilhando este caminho em busca de maior satisfação e equilíbrio no seu trabalho e na sua vida pessoal.
No Brasil, eles correspondem por 53% dos empreendedores, segundo um levantamento feito pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), o maior programa de estudo realizado no mundo sobre o tema. O Brasil está no topo da lista, seguido por Madagascar. Já outro estudo do Data- Sebrae, o índice é bem maior: 85% em um universo de mais de 24,9 mi- lhões de empresários.
Por aqui, duas condições se unem para colocar o país no topo do estudo. A primeira é a questão do desemprego, que empurra muitas pessoas para formas de trabalho que independem de carteira assinada ou vagas regulares em empresas. A segunda tem a ver com o “sonho de ter o pró- prio negócio” ou de ser “o próprio patrão” – algo mais visto entre empre- endedores solo da classe média.
Nesse segundo caso, os avanços da tecnologia ajudaram muito, tanto que as terras brasileiras estão entre as que mais assistem ao surgimento de startups de serviço e aplicativos.
Uma das maiores questões enfrentadas pelos empreendedores solo é a solidão para decidir os rumos da empresa – após ela estar estabelecida.
A falta de conhecimento em outras áreas do negócio também é um dos fatores que atrapalha a evolução. O burnout é outro risco que acomete quem se responsabiliza por seu sucesso ou fracasso profissional por causa da sobrecarga de responsabilidades. Apesar de não ter chefe, o empreendedor solo pode ser seu maior inimigo e se transformar, muitas vezes, em um workaholic.
Por isso mesmo, é mais importante para este tipo de negócio buscar informações e conhecimento que ajudem a tocar o negócio, além de ajudas confiáveis em áreas especializadas, como financeira, tributária e marketing, por exemplo.
É preciso saber que a solidão desse tipo de empreendedorismo pode ser compensada pelo fato de não haver divisão de lucros com sócios bem como com uma maior agilidade para crescer.
De acordo com especialistas, criatividade e resiliência são fundamentais para essa jornada.
Pequenos benefícios desse caminho podem ajudar, como a liberdade de fazer os próprios horários de trabalho e a chance de criar uma marca do zero que tenha a ver com os seus próprios valores.
Carreiras e negócios para solopreneurs estão em alta em todo o mundo.
Nunca foi tão fácil se tornar um empreendedor individual e ter vantagem com a economia criativa. Por exemplo, nos Estados Unidos, 41,8 milhões de adultos se identificam como consultores, freelancers ou empreende- dores individuais em tempo integral ou em meio período, contribuindo para mais de US$ 1.3 trilhões para a economia.
82% dos trabalhadores independentes dizem ser mais felizes trabalhando sozinhos do que eram em organizações tradicionais.
Com alta satisfação e oportunidades crescentes para trabalhadores inde- pendentes, abraçar uma carreira como um solopreneur pode ofertar uma flexibilidade para quem deseja criar e operar um negócio ao redor do seu estilo de vida.
